O governador eleito Renato Casagrande (PSB) vem promovendo uma mudança na estrutura de seu futuro governo, que atenderá a três principais eixos de sua gestão: a área social, a segurança pública e o desenvolvimento econômico. As mexidas contemplam fusão e criação de secretarias estratégicas.
O primeiro eixo está voltado para a área social. Com incorporação à Secretaria de Trabalho e Ação Social, de uma nova área, a de Direitos Humanos, o novo governo vai reforçar o atendimento a uma das principais lacunas do atual governo.
Para ocupar a pasta, o governador eleito já teria se reunido com a deputada federal reeleita Iriny Lopes (PT), que tem atuação na área de direitos humanos. A parlamentar, porém, estaria resistente ao convite e um novo encontro aconteceria para tentar convencê-la a trocar o terceiro mandato na Câmara dos Deputados pela nova secretaria no governo do Estado.
Outra secretaria que será criada no governo de Renato Casagrande é a de Infraestrutura e Logística. Nesse ponto, a questão de desenvolvimento, que foi voltada para atender às necessidades das grandes empresas no atual governo, vai se desatrelar da Secretaria de Desenvolvimento, que hoje é comandada por Guilherme Dias.
A nova pasta terá um objetivo claro, de melhorar a infraestrutura de escoamento da produção, com a melhoria de portos, aeroporto, estradas e outros setores. Para comandar a secretaria, o governador eleito estaria tentando trazer de volta ao Estado o engenheiro civil capixaba Jorge Luiz de Souza Arraes, que desde o início do ano está à frente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (CDURP).
A CDURP administra um orçamento de R$ 2,6 bilhões captados com a venda de até quatro milhões de m² de áreas urbanas na capital fluminense. Arraes também foi diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da Fundação de Pensão da Caixa Econômica (Funcef) e funcionário de carreira da0 Caixa, no Estado.
O terceiro grande eixo do governo de Renato Casagrande é a Segurança Pública. Além de buscar um nome de fora do Estado para comandar a pasta, Casagrande pensa em submeter a coordenação da secretaria ao seu gabinete. Ele quer acompanhar pessoalmente o desenvolvimento dos trabalhos nessa área.
Com essas três mexidas, o governo de Renato Casagrande mantém a linha de continuidade proposta de comum acordo com o governador Paulo Hartung, mas fecha gargalos deixados pelo governo que termina, sobretudo na área social, que não teve grande atenção na atual gestão.
Renata Oliveira
Foto capa: Ricardo Medeiros
Século Diario